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quinta-feira, setembro 29, 2005
E eu, que nem ia falar do PT...
Eu não ia falar do PT. Primeiro, porque o PT é cachorro morto. E eu não gosto de bater em cachorro morto. Segundo, e principalmente, depois das crônicas mais-que-perfeitas do Mané Carlos, "cabra" bom-de-briga e que bem sabe enfrentar esse povinho da esquerda larapia. Mas, desolado, decepcionado e desesperançado com o meu Brasil de agora, fiquei por cá, pensando nas razões mais simplórias para tanta picaretagem (sem entrar em análises políticas muito profundas, até mesmo porque quanto mais se afunda, mais a coisa fede...), pensando em como um partido político que representou o sonho de milhões de patriotas, idealistas e outros tantos desejosos de um motivo que fosse para voltar a sentir algum orgulho pelas cores nacionais, pôde se enlamear tanto, se afundar tanto no visco da conduta sub-reptícia, afogando outra vez, e agora mais ainda, as réstias de alguma fé, que se achava pudéssemos ter em nossos dirigentes.
Há muitos anos atrás, não lembro bem, certo analista (acho que foi Villas-Boas Corrêa) expressou seu desejo de jamais voltar a ver um nordestino na presidência da República. Corria o (des)governo de Zé Sarney e, entre espanto e certa revolta pelo pré-concebido pensamento do ensaísta da ocasião, eu entendia que os fatos da época abonavam o ponto de vista daquele crítico. Dizia o tal cronista, que o Norte-Nordeste pautava a ação política pelo clientelismo, pelo coronelismo arcaico e pela troca de favorecimento, num lesa-pátria cínico-dissimulado, a assentar raízes longevas para a prática de perpetuação no poder. Hoje se vê, tristemente, que o exercício do poder pelo (também) desgoverno Lula, pouco ou nada difere, nas raízes, daquele seu predecessor, quer pelo sotaque carregado, quer pela distribuição de favores clientelísticos às oligarquias políticas que lhes oferecem (na verdade, vendem) sustentação.
O Brasil é um país cuja teoria não costuma dar certo na prática. A história nos comprova isso:
"A crescente desorganização e a paralização administrativa do regime, fizeram com que ele perdesse apoio dentro de suas próprias bases tradicionais de sustentação na área empresarial, militar, etc. Esta paralização se explica, em parte, pelo fracasso dos grandes projetos desenvolvimentistas. A partir de certo momento o governo deixou de ter um projeto próprio, e isto permitiu que a política passasse a ser feita em termos de preferências, simpatias e favores pessoais, o que acentuava muito a ineficiência do regime em confrontar seus problemas políticos e econômicos crescentes."
Isso aí, que poderia ser o retrato de agora, foi dito pelo humanista Simon Schwartzman em 1985, sobre as razões da decadência do governo militar no Brasil... Engraçado, né? Se eu não dissesse nada você não pensaria tratar-se de um artigo atualíssimo? Num outro trecho, ele falava:
"Dado este quadro, era natural que a oposição ao governo, expressa nas campanhas das diretas de 1984, ganhassem o apoio integral da opinião pública nacional e internacional, e que o governo dela resultante surgisse com grande sustentação nesta opinião pública. O que talvez não se esperasse era que a unanimidade fosse tão grande."
Pois é. Uma "unanimidade tão grande", somente se explica por um fenômeno claro: a esperança. É assim, desde D Pedro II e o suposto grito pela independência. O Brasil da época esperava um novo tempo, uma nação que se impusesse ao mundo pela dignidade e força de seu povo, pela pujança de suas virtudes naturais, etc., etc., etc. e blá,blá, blá... O Brasil moderno manteve e conserva a mesma e ingênua esperança. Só que elegeu, ao contrário do que previa, um cavaleiro apocalíptico, quixotesco e mambembe, que desfila seu circo de horrores pelo país afora como se isso fosse uma atração, ao contrário da tragédia real que é.
A historia é antiga: o Brasil teórico jamais deu certo na prática, repito. E não dá certo porque, na prática, o que se exercita é a locupletação e não a gestão. Se essa houvesse, por mais inepta que fosse, teríamos uma nação e não uma república paralela, onde o Estado é paterno para os que o governam, jamais para os que o viabilizam. A última ação petista, de alçar o cupincha Aldo Rebelo à presidência da Câmara, espalhando verba pra todo lado, foi simplesmente indecente, amoral e nojenta; mostra-nos como é, por dentro, uma instituição que não se dá mesmo ao mínimo respeito. O PT envergonha a política, a esquerda, seus signatártios, envergonha enfim, a Nação. O episódio Aldo Rebelo tem a cara do partido: depois que se fez a lambança, limpou-se a fonte com jornal velho. E parece que só o PT é que não sabe o que qualquer morador de rua já descobriu há tempos: que jornal não limpa bunda; JORNAL SÓ ESPALHA, SR. LULA; E ESPALHA MESMO...
Eu não ia falar do PT. Mas esse cachorro morto fede tanto, que é melhor chutá-lo pra bem longe.
Thimóteo (radicalmente contra o referendo) Rosas
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domingo, setembro 18, 2005
Você não quer que eu volte...
Taí, o porquê de a gente estar nessa situação: No Brasil, 59% da população não sabe o significado da palavra democracia. Além disso, 4% não souberam responder à pesquisa promovida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Outros 54% apoiariam um governo autoritário se isso resolvesse os problemas econômicos. 56% da população do país acha que o desenvolvimento econômico é mais importante que a democracia. Os brasileiros também se mostram divididos quanto ao retorno de um regime autoritário, embora 42% dos entrevistados sejam contrários.
fonte: Infoco(CREA/RJ) - Agência Nordeste
Tô pensando se volto... (Tô deprê. Humpft).
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