Via Oral


Um blog sobre textos, aforismos, arte, literatura, arquitetura, humanismo e outras coisas para as quais ninguém dá a mínima. Escrito em encenado nas poucas horas vagas que a atividade de ADA (Arquiteto Doméstico Administrador) permite.
Um espaço perfeitamente adequado à muita conversa fiada, mentiras acreditáveis, ranhetices, rupturas, causos, crônicas e, sobretudo, área disponível aos amigos, uma turma cheia de gaiatices mas que eu adoro.
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sábado, agosto 07, 2004

E vejam só vocês, se há algo que a gente não faz por amor: o safado do Pato resolveu postar um comentário brincalhão que eu fiz lá no Batatada, e eu, gratíssimo pela deferência, devolvi, com o envio da história completa, que passou a existir a partir do tal comentário. num exemplo clássico do ovo que surge antes da galinha. Com algumas pequenas alterações, esse é mais-ou-menos o que penso(?) da origem da nossa raça...



A verdadeira origem da civilização Humana


Cerca de 3 milhões de anos separam-nos de nossos primeiros ancestrais, hominídeos gerados a partir de uma irresponsável experiência intergaláctica entre símios da espécie catarríneos, e alguns membros de uma decadente civilização, os merdianos, um povinho que se desenvolveu num planeta de 5ª categoria, chamado Merd, astro fétido e gasoso e que órbita a segunda estrela do cinturão de Orion,

estranhamente denominada de Prepúcis.


A constelação de Orion (ou Orionte) é apenas visível no Inverno, pois a partir de Abril desaparece a Oeste, mas é muito facilmente identificável. Diz a mitologia Merd, que Orion, o Grande Caçador, se vangloriava de poder matar qualquer animal (vê-se aí, a origem do comportamento destrutivo de um merd). O terrível combate que travou com o Escorpião levou os deuses a separá-los. A constelação de Escorpião encontra-se realmente na região oposta da esfera celeste, daí nunca se conseguirem encontrar estas duas constelações ao mesmo tempo acima do horizonte.
A constelação de Orion parece, assim, um homem, sendo as estrelas Saiph e Rigel os pés. Ao meio aparecem 3 estrelas em linha reta, que se reconhecem imediatamente, dispostas oblíquamente em relação ao horizonte. Este trio forma o Cinturão de Orion, do qual pende uma espada, constituída por outras 3 estrelas, dispostas na vertical.
Prolongando uma linha imaginária que passe pela estrela central do Cinturão de Orion, passando pelas 3 estrelas da «cabeça», vamos encontrar a Estrela Polar.

Em Merd, o mar e a terra não foram devidamente separados por Deus no 3º dia de sua criação, como ocorreu na Terra; essa é a razão pela qual aquilo lá parece mais uma grande cloaca diarréica: tem mais lama que pé de favela depois da chuva. O primeiro merd, criado a partir da lama, e que recebeu o sopro divino, chamou-se ¿Merdão¿. Desconfia-se que venha daí a crença católica no relato histórico do nosso primeiro homem, o ¿Adão¿.

A Grande saga de merds, como ficou conhecida a aventura expansionista merdiana, consistia na exploração de inúmeras galáxias ao longo de algumas dezenas de anos (um ano merdiano equivale a um mandato político completo, ou seja, cerca de quatro anos terrestres), tempo suficiente para a coleta de dados científicos, de amostra de minerais e para a captura alguns espécimes animais. Foi aí que se deram os primeiros contatos com descendentes dos catarríneos, e que resultaria no que se tem hoje de mais próximo de um merd original.

Segundo pesquisas mais recentes, com datação através de C-14, a comitiva de exploração teria sofrido muitas pressões por parte dos partidos políticos locais, desejosos de enviar seus protegidos, gente que nada tinham a ver com ciência. Restos de cigarro, resíduos de bebidas consideradas alucinógenas e algumas membranas perfuradas, muito semelhantes a preservativos, estão sendo exaustivamente estudados pela ciência, com o objetivo de se chegar ao tal elo perdido da humanidade. De qualquer forma, os estudos já podem afirmar, baseados em hábitos que perduram até hoje entre nós, que desde aquela época: apesar das dificuldades econômicas e do panorama recessivo mundial, a cada quatro anos, renova-se a nossa capacidade de fazer mais merds.

O que se sabe de concreto até o momento, é que, ao que tudo indica, nós somos realmente originários do planeta escuro, fétido e fumegante, da constelação de Orion. Nossos ancestrais, merdianos filhinhos-de-papai, introduzidos na comitiva, vieram mesmo pra cá há milhões de anos, e ao redor de grandes e animadas fogueiras, cultivaram fêmeas símias catarríneas, que adoraram mesmo essa história de ¿Homo erectus¿ e não queriam outra vida. Deu no que deu.

Quando viram que tinham feito muitos merds, todos eles se mandaram, porque, afinal de contas, filho feio não tem pai. E nós como carregamos gens de merds, apenas repetimos o que nossos ancestrais faziam no planeta deles (que, aliás, transformou-se num grande fossão) e continuamos a fazer cada vez mais merds, principalmente entre as populações de menor renda, que depois de produzi-los em grande número, espalham merds pela cidade toda.

Somente no século dezenove surgiria uma luz na busca da ancestralidade humana, com a teoria de Darwin. Charles Darwin manteve A Origem das Espécies na gaveta por 20 anos. Temia chocar a mentalidade religiosa de seus contemporâneos: a teoria da evolução demonstrava, afinal, que o homem é apenas um animal entre outros e, como todos os outros, evoluiu a partir de formas simples, através da seleção natural. O que ele não teve coragem de dizer foi que, a forma da qual o homem evoluiu, além de simples, era nojenta, muito nojenta.

Perseguido pela Igreja e pelo meio científico em geral, Darwin se isolou nas ilhas Galápagos, depois que seus estudos, para ele incontestáveis, deram conta de que o futuro da humanidade nada mais seria que uma enorme concentração de merds.
Darwin ainda conseguiria determinar duas grandes vertentes da evolução humana, quando, segundo sua teoria, parte dos merds fixou-se na África setentrional, e outro grupo dirigiu-se à parte mais ao norte da Europa. O cruzamento de merds com alguns espécimes de ursos polares daria origem aos povos nórdicos, de hábitos menos grotescos, merds louros, de olhos azuis, como Miguel Falabella, que no fundo, é um merd como outro qualquer, só que muito mais megalômano.
Estudos mais recentes mostram, no entanto, que merds fêmeas, nórdicas, apesar de aparência mais ao gosto de norte-americanos e de grupos musicais de axé, têm raciocínio mais lento, apresentam grande dificuldade de aprendizado, como, por exemplo, o envio de um fax (elas sempre põem um selo na mensagem), o uso de telefone celular, ou atividades que requeiram raciocínio rápido, como lavar roupas, varrer casa, tomar o elevador, etc. Descobriu-se que as louras têm apenas a metade dos neurônios de uma pessoa normal. Os cientistas perceberam a tempo que as louras examinadas estavam grávidas, razão da duplicidade na contagem de neurônios.


Hitler e os merd

Foi Hitler, um dos mais ferrenhos admiradores da teoria darwiniana, quem deu início à tentativa de melhoria da raça ariana. Não se sabe ao certo o porquê da escolha inicial dos judeus, no processo de limpeza étnica alemão. Mas, segundo David Cassidy, seu principal biógrafo, a causa maior teria sido a marcante presença de uma babá judia, Sarah Szterenfeld, que na infância do ditador alemão o obrigara a comer sempre uma receita de peixe doce, que além de horrível, ele não conseguia pronunciar o nome direito, o que lhe valia como castigo, uma porção extra da iguaria. Assim, sem saber, a babá selaria o destino de cerca seis milhões de judeus, que, aos olhos de Hitler, poderiam torna-se cozinheiros pelo mundo afora. Uma outra história que agrada aos teóricos, diz que Hitler teria sido profundamente influenciado por um diálogo ocorrido em casa de um amiguinho de escola, condição determinante para sua total aversão aos judeus, que, a seu ver, eram os merds mais característicos, a mais pura essência de merd. Fala-se no seguinte diálogo:

"seu" Yossef o pai de Jacozinho, amiguinho psicopata de Hitler, vira-se para o filho mais velho e pergunta:
- Já fez Sami?
- Sim, papai!
- E você, Jacó, já fez?
- Sim, papai!
- Sarah?
- Já fiz, papai!
- Raquel?
- Também já fiz!
- Ok! Então pode dar a descarga!

Diante do trauma nascido dessa cena, Hitler criaria a célebre frase, repetida à exaustão: "merd bom, é merd morto". Outra frase atribuída ao ditador é a de que "merd morto não fede". Sobre esta, porém, existem controvérsias.

Também os filósofos tentaram entender o comportamento dos merds alemães. Edmond Husserl (1859-1938), depois de anos de estudos frofundos da natureza merdiana, finalizou afirmando que "um merd, nada mais é que um merd, sem tirar nem por". Ao contrário, Sartre(1905-1980) diria: mgfhggmmmmfmgggffmguuummm, expressão até hoje ainda não traduzida, surgida por ocasião da invasão da França pelas tropas alemãs, quando o famoso filósofo francês foi amordaçado pelo sargento Shultz. Desconfia-se que ele estivesse dizendo "quesquecé cette merde , pô?".

Concluindo, podemos afirmar que a união entre merds e catarríneos, resultou na única espécie do planeta Terra com capacidade e talento para destruir seu próprio habitat, consumir seus recursos até a exaustão, comer (de várias formas) membros de outras espécies e, ainda por cima, promover eleições de quatro em quatro anos. Não é de admirar que vivamos todos querendo nos matar mutuamente, e, a julgar pelas nossas escolhas de vida, de comida e de governantes, isso não está mesmo muito longe de acontecer. Ainda bem.







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